quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Oito para meia-noite

É possível escrever algo perfeitamente publicável em oito minutos? Talvez.
Tenho um blog, um laptop e a Internet. Ferramentas poderosas no auxílio dos negócios.
A maior parte das pessoas está acostumada às atividades lúdicas, tais como o MSN, o Orkut, dentre outros sites de interação. A idéia de interação entre pessoas é excelente. A diferença talvez esteja no objetivo. Pra mim, internet é ferramenta, não brinquedo.
Já parou para calcular com precisão o custo de suas atividades diárias?
Tenho tido tempo para fazê-lo, e há visão quanto a avanços. Tenho empregado meu tempo livre a pesquisar necessidades e soluções em campos distintos da contribuição social em que se resumem nossas vidas.
A primeira coisa a fazer é conheça a si mesmo. Isso determinará seu potencial.
É o que se pode publicar em 8 minutos.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Domingo Bing-Fa

Sun Tzu – conceitos de Defesa Aérea e Controle de Tráfego
Planejamento
Isto é defesa*
É o mais importante talento de nossa nação
É a base da paz e da guerra
É a filosofia do controle e reação
Você deve conhecê-la bem

Sua habilidade vem de cinco fatores. Estude estes cinco fatores para planejar a defesa. Você deve insistir em conhecer a natureza:

1. Da filosofia de Inteligência
2. Do efetivo
3. Da Unidade
4. Do comandante
5. Dos métodos militares

Acho que estou formado. Conto com 35 anos de idade e cerca de 17 de trabalho. Comecei meu domingo cedo, às seis da manhã. Horário da rendição.

Às sete já estava em casa. Recusei-me a dormir. Assuntos de serviço evoluem na mente – não os consigo evitar. O militar mais antigo da casa me oferece um café, absolutamente sem açúcar.

Aparece com um livro – A Arte da Guerra & A Arte do Amor. A disposição de texto era espelhada. De um lado, falava-se do original – a guerra. Do outro, a aplicação estratégica às relações afetivas.

Ignorei solenemente a arte do amor e li somente o texto de Sun Tzu. Às onze da manhã já havia devorado as 76 páginas correlatas ao assunto. Meu ordenança de informações chegou. Tenho meu próprio staff de inteligência.

Circuitamos logradouros a tarde inteira visualizando estratégias para a reativação de nosso laboratório – um carrinho de hot-dog. Seremos os mais avançados do país. Comentei avanços anteriores e gerei motivação, alimentando o desejo por motocicletas mais eficientes, automóveis mais eficientes, vida ativa.

Às vinte e três horas, apenas doze horas depois de ler Sun Tzu, estou reescrevendo-o para adaptá-la a uma espécie de guia doutrinário do maior centro integrado do planeta. Definitivamente estou abusando. Sempre aprendi mais rápido que a maioria. Gostava de desenvolver a habilidade de “sacar primeiro”. Hoje penso em replicar o conhecimento a quem se interesse.

Foda-se. Sou assim.

Lendo Sun Tzu reconheço que possuo muitas características desejáveis a generais. Não gosto da idéia de tornar-me para vida um general. A distância natural dos soldados causam-me o pânico da desinformação. Gosto da escolha de ser um sargento. A proximidade com a tropa desenvolve-me capacidades e habilidades que tornam-me auto-suficiente e habilidoso em manutenção. Em diversos dispositivos.
Automóveis, motocicletas, aparelhos elétricos e eletrônicos... um bom combatente é capaz de reconduzir à funcionalidade dispositivos diversos. Trocar pneu furado de um veículo é para um oficial um aborrecimento. Para um soldado, é uma constante à qual se condiciona.

Somos mais resistentes por isso.
Somos mais determinados por isso.

Militar especialista é assim, um potencial latu sensu. Vê a vida em wide screen.

Não troco meu trabalho pela maior parte das coisas deste mundo. É o campo que conheço, o campo que domino.

O campo onde adversários evitam: a moral.

Meia noite e cinqüenta e cinco. Hora de dormir.

Um combate por dia...

Uma batalha por mês...
Uma guerra por ano...
0112HBV

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Antivirus

Pode acontecer que algum dia vírus seja coisa do passado. Por enquanto, é uma peste surpreendente. Culpa dos Gates. Gente do tipo Gates tem vontade de espalhar a capacidade de comunicação, de interconectar sem grande seletividade uma enorme quantidade de pessoas. De seus dispositivos de comunicação, as redes costumam primar pelo acesso remoto. Isso se faz evidente pelo processo de atualização de qualquer software. Quem deseja menor grau de risco de ter seu computador acessado por hackers ou danificados por vírus prefere ambientes mais controlados, onde o computador responda com maior foco a processos internos, tornando a rede um acessório de interligação. Um acessório negociado.
Tomemos o Linux, por exemplo. É um excelente ambiente, onde a preocupação com vírus foram praticamente esquecidas. Essa é a vantagem de quem trabalha com Linux: não dispensar tempo precioso livrando-se de obstáculos à criatividade. Em contrapartida, cada ação desejada deve ser explicada detalhadamente pelo próprio usuário. O problema é que coisas inteligentes, feitas por gente inteligente, normalmente é pouco operável por gente prática. Culpa dos Torwalds e Jobs.
Como detectar o trâmite de informações da rede em seu computador? Há alguma forma de evitar que idéias, fotos ou documentos pessoais sejam acessados por terceiros, como possibilita programas como o ProRat?
Ao digitar este artigo, percebi lentidão no acesso à internet. Páginas que normalmente abrem em segundo levando até meio minuto para exposição denunciam um microcomputador virótico.
E há várias outras características. A questão é: como regular a privacidade de seu computador em relação ao acesso remoto – não ao usuário como a Microsoft tem o descarado hábito de fazer. Na maior parte dos locais onde estão instalados, não é importante quem está próximo ao terminal do usuário.
É importante quem tem acesso ao conteúdo do terminal.
Bloquear terminal por tempo ocioso é uma estultice. Melhor bloquear rede, e não é assim que a Microsoft quer que aconteça.
Suscito essa e outras questões todo dia. Quando se fala em tecnologia de informação, há de se lembrar que surgiu de conceitos de comunicações elementares. O desenvolvimento de senhas e privilégios de administração de rede foram conseqüência de conceitos de sigilo de comunicações, em proximidade ao sigilo de informações.
No seio dessa cultura trabalho há pouco menos de duas décadas. O Odissey e Atari viraram Playstation e Nintendo. As máquinas telex viraram Personal Computers. A Comutação automática virou um emaranhado de servidores.
E no caso do autor deste artigo, o estafeta virou especialista em comunicações. Não do tipo insípido, que crê que tudo deve ser acessado e afetado à distância.
Virei o tipo de gente que monitora o gerenciador de tarefas. Que em observação constante busca manter seu terminal o quanto mais possa seguro.

ARCHÉ
O início. Adoro máquinas Telex. Com elas você só se comunica com quem quer se comunicar. Acho que graças ao teletipo utilizo menos o telefone. Falo com menos pessoas e busco ser o mais sucinto ao telefone. Definitivamente não sou o melhor cliente das operadoras de celular.
Na medida do possível, o militar de comunicações tende a ser reservado. Costumamos ser detalhistas e interligar informações com certa facilidade. Alguns de nós sabem utilizar uma mesma informação em diversos setores de suas vidas. Mesmo entre pessoas do ramo é comum encontrar dois tipos díspares: há os comunicativos e os reservados.
Os que trabalham em setores ligados à aviação são comunicativos. Detestam a idéia de deixar de levar ao máximo de destinatários possíveis a informação de vôo que julguem necessária. São os Gates da turma, trabalhando em horários diuturnos e são capazes de predizer o tempo da tarde pela manhã com a mesma precisão dos meteorologistas.
Já os que trabalham nas comunicações em seu braço militar são reservados. Restringem com algum cuidado seus destinatários e são sucintos. Seu bom humor distribui-se em 10 por cento de ironia e 90 por cento de sátira. Mas não podem ser comparados a Steve Jobs. Steve, como os IPods, não tem humor. Mas são capazes de perceber com precisão superior a 90% se algo vai dar errado. São pessimistas militantes.
Formei-me um homem dividido. Passo alguns períodos vivendo como os primeiros, e outros tantos como os segundos. É mais fácil ser uma metamorfose ambulante quando há apenas duas opções. Militar é a profissão mais fácil que existe. Tudo é fácil, quando se sabe.
Então, tem dia que fico moscando na frente do computador sem conseguir escrever nada, e noutros desligo a conexão de rede para evoluir a compreensão de tudo que me cerca sem disputar memória com o antivírus. Para que o computador não pareça lento ou apresente travamentos, faço uso de conceitos básicos de comunicação que utilizo em telefones fixos e celulares. Para evitar vazamentos de informações, não conecte. Para não receber informações inúteis, não esteja conectado. Conceitos básicos da vida social que são extensíveis ao ícone do computadorzinho que fica no canto da tela, perto da tecla Del.
Ou seja: eu os desligo.